quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Foi-se a Mó, Foi-se o Moinho


Em meio a verde mata a fonte brota,
E a pura água, vítrea, transparente,
Ao longo da floresta em feita rota,
Caminha sem parar, sempre corrente.

Desvio é-lhe dado ante a grota
E desce pra mover no seu moente
A pedra que ao girar por água mota
Do milho vai moer sua semente.

E o pó que dela sai fubá se torna,
Pra ser material do que se enforna
O bolo que a fazenda inteira come.

Mas hoje abandonado só adorna
A sede da fazenda que consome
Farinha de outra fonte, de outro nome.

Loures de Paiva
23.08.2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário