sexta-feira, 2 de outubro de 2009

15 anos de Algás

Lembrar-me quanto sol eu não me lembro
Que indo e vindo marca e conta o dia,
Talvez um dia longe de setembro,
Em casa que margeia a longa via.

Ali, na placa, a chama identifica
A nova que responde pelo gás:
Eu olho, penso em mim, pode ser rica
De chama, de energia, que ela trás.

Quem sabe, um dia, a ela possa dar,
(Até porque mil sóis já tenho andado)
De mim o contributo de somar
Que vem do meu longevo aprendizado?

Assim, pensava eu atravessando
A longa avenida que de Lima
Fernandes no altiplano se alongando
Nos leva a sair cidade acima.

Os sóis foram passando, o tempo indo,
Já não se via ali aquele emblema,
Ceal de Energia, quem sabe, findo,
Não mais o encontrasse, que dilema!

O tempo passa, o tempo passa e rola,
A lei estabelece era ventura,
Matriz nova, pensada em alta escola,
Matriz para gerir outra estrutura.

Algás surge, dest'arte, outra, vestida
De nova dimensão, de novos ares,
E assume seu dever. Nova partida
É dada pra singrar os novos mares.

Gigante se tornando, a energia
Espalha pelo baixo e alto plano,
Com sua competente companhia,
Ramando o subsolo, cano a cano.

Fazendo acender a viva chama
Que aquece, ao cozer, o nosso pão
E faz-se ser dentre outras nova dama,
Dentre outras que floreiam um mesmo chão.

E hoje, com três lustros já passados,
Ingente, nossa Algás busca o futuro
E só a competência dos lotados
Contrói em firme mar porto seguro.

Que neste memorar de quinze anos,
Se possa antever firme horizonte,
Que cessem do poder os novos planos
Tendentes a levá-la a outra ponte.

Que os frutos já colhidos sejam vossos,
Daqueles que investiram seus metais,
Daqueles que trabalham com seus ossos:
Que a chama não se apague nunca mais.

Paiva Loures
04/09/2008

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